Tem-se veiculado muito em sites de notícias o que tem ocorrido com a rede
VirtuaLife. Muitos usuários da rede estão perdidos, sem saber o que
aconteceu, ou então, sem saber em quem acreditar. Resolvemos então, fazer um
artigo, mostrando uma cronologia do caso. Um caso que, com certeza, ficará
marcado para sempre na história da rede.
26 de novembro de 2004
Raphael Gallo, um dos
SERVICES
ADMIN¹ da rede
VirtuaLife manda um e-mail à
lista do seu departamento. No e-mail,
Apha desabafa moderadamente contra
a supervisão da rede, questionando a falta de veiculação das informações
decisivas sobre a rede. Além disso, o administrador critica os novos
IRCops² da
rede, expondo, na mensagem, logs de
IRCops, fazendo relações com pacotes à
própria rede.
No término do e-mail, Apha ironiza: "Mas como
SAdmin não manda em nada
(como era antes), não opina em nada, não faz nada mesmo, eu vou deixar o meu
relato das coisas como eu peguei com as provas que recolhi. E claro, deixamos
para a parte competente da rede julgar o que devido."
1. SERVICES ADMIN |
2. IRCop |
Conhecido também pela sigla SA, ou SAdmin, as pessoas que têm cargos como esses numa rede,
ficam responsáveis pela manipulação e controle de dados nos Services da rede,
como, ChanServ e Nickserv. Traduzindo, fica, Administrador dos Services. Também eles possuem um poder hierárquico aos
dos IRCops. |
Abreviação de IRC Operator, traduzindo, fica,
Operador de IRC. No seu canal, você tem os operadores que são responsáveis pelo
controle do canal, bem como, fiscalizar propagandas, banir usuários infratores,
etc. Na rede, o papel do IRCop é basicamente o mesmo, sendo que o canal onde ele
é operador, é a própria rede. |
27 de novembro de 2004
Carlos Martini,
um dos principais administradores da rede, responde à
mensagem de Raphael. Com tom sarcástico,
Martini cita casos de
IRCops que
já foram packet
kiddies, mas que hoje integram a rede, exceto
LaW. "Que tal
desligarmos os servidores e fecharmos a rede de uma vez?", diz Martini em
resposta à seguinte mensagem:
> Eu até votaria para a expulsão imediata ou rebaixar
> para local.
No mesmo dia,
Apha responde ao e-mail de
Martini. Pelo que se
dá pra perceber, a resposta do e-mail não foi da mensagem mandada anteriormente
pelo Martini, e sim uma outra mensagem antiga, intitulada de "IRCops Novos x
Nova Politica x Informação x Supervisão". Na mensagem,
Martini cita,
novamente, casos de IRCops que já foram
packet
kiddies, mas que fazem (ou
fizeram) parte da rede. Diferentemente da outra mensagem, ele cita o caso de
[Gui] e
LaW, os quais, integraram a rede graças a
Raphael.
Ainda,
Raphael
pede para não ser tratado como idiota, à resposta do argumento de
Martini,
dizendo que os argumentos
ex-VirtuaLife não 'existiam
lógicas sobre quem deve ou não ser expulso da rede'. "Eu
tô
opinando, ou nem isso pode? Mas se a supervisão (você fala por ela?), chegou a
apreciar esse e-mail e esses fatos, deveria julgar e divulgar o que não foi
feito/decidido. Como você mesmo tratou de fazer me cortou todo. Sabe por quê?
Porque eu não gosto de deixar o dito pelo não dito e não levo desaforo para
casa. Não sou uma pessoa simples de se manipular ou domar, então, não tente
inverter o jogo", disse
Raphael.
Raphael
diz ainda no e-mail que já desvencilhou da supervisão e adjacências. Ele ainda
faz uma relação com a empresa na qual trabalha, dizendo que tem um tratamento
melhor, onde, 'mesmo que tenha cometido erros, as pessoas [da empresa] entendem
e conversam, e não ficam ridicularizando, dando por fim parabéns e evidenciando
pontos positivos.'
"Se eu não gostasse tanto da rede,
considerasse isso um empenho pessoal, não estaria mais aqui. Mas não é fácil
para quem iniciou, aprendeu, leu, estudou, planejou, conquistou e fez coisas da
rede há mais de 7 anos.", termina.
28 de novembro de 2004
Na madrugada do sábado,
Martini
dá a resposta para o e-mail de
Apha.
No trecho em que ele pede para não ser tratado como idiota,
Martini
diz que está de saco cheio de
Apha passar boa parte do
tempo o desafiando, insinuando que ele proteje sobrinhos e amigos e etc.
Quando perguntado se
Martini
fala pela supervisão, repetidamente ele diz que fala, que criou, que definiu os
poderes dela, que limitou o próprio raio de ação que ele tem, etc. "Eu não
preciso provar nada, absolutamente nada pra você. E eu estou de saco cheio de
ver você me cobrar coisas que eu faço todos os dias nesta rede", diz.
- Coisas aconteceram, fez
ativamente. São mais de 7 anos de rede e não pretendo largar isso - diz Apha.
- Então, faça sua escolha: largue do meu pé ou largue a rede. Eu não quero mais
insinuações pro meu lado, não quero mais indiretas. Não vou tolerar mais isso e
ponto final. Escolha. - responde Martini.
Minutos depois,
Martini
manda outro e-mail à lista, rebatendo alguns dois argumentos de
Apha.
O fato de o ex-services
admin
dizer que não é uma pessoa simples e fácil de manipular. O outro, é quando
Apha
fala sobre a tentativa de inversão do jogo e pede para que
Martini
explique o que lhe foi perguntado.
> eu não sou uma pessoa simples de se manipular ou domar então ...
> não tente inverter o jogo ... explique o que eu perguntei a respeito
> dos ircops...
Primeiro: que espécie bizarra de vontade de desperdiçar tempo
poderia me levar a sentir algum tipo de necessidade de manipular você?
Aliás, que utilidade você teria para mim, que justificasse isso?
"Explique-me como se eu tivesse 6 anos de idade", por que eu não sei.
Segundo: "não tente inverter o jogo, explique o que eu te
perguntei"... Apha, querido... desde quando eu preciso te explicar alguma
coisa? Aliás, desde quando eu te devo algum tipo de explicação sobre
alguma
coisa, seja lá o que for? Você bebeu?
Faça a escolha que eu pedi, ou eu farei por você.
Um novo integrante participa da
discussão. É o Diamond_Dog,
na época, services
admin.
Ele manda um e-mail para a lista às 8:30 da manhã. Título: "Supervisão:
Realidade ou Conto de Fadas??".
Logo no início do e-mail,
Diamond_Dog
diz que a rede está se acabando e isso é fato. "Podem falar o que quiserem,
inventar mil pretextos, mas só ver quem não quer.", diz.
É feita uma reflexão, de como ele
acharia o que seria a supervisão da rede e o que é a atual supervisão. "Pensei
que tínhamos um grupo na liderança, para não deixar uma só pessoa no poder. Um
grupo decidindo. Hoje uma só pessoa faz parte da supervisão e decide o que deve
ser feito ou não para a rede.
Diamon_Dog
diz que
Martini
está indo contra algumas coisas que ele disse. Uma delas, segundo a mensagem,
foi quando o Thiago saiu e
Martini disse que era contra
o lance de o banco de dados ficar com uma só pessoa.
Uma completa guerra de poderes. Para
Diamond_Dog,
Martini
'precisa ser mais humilde, ouvir opiniões, experiências, aprender um pouco com
os outros e deixar de vir com quatro patas quando alguém for ajudá-lo.'
Ele deixa, no ar, as perguntas:
. Pra quê foi criada a supervisão?
. É um bando de marionetes que só faz aquilo que você acha bom pra rede?
. A supervisão hoje se resume apenas a você, Martini?
. Por que a supervisão não passa as coisas pro pessoal da rede?
. Por que não consultam?
. Essa supervisão existe?
. Já fizeram algum estatuto?
. Decidiram em conjunto?
Dez minutos depois, ele manda outro
e-mail para a lista, questionando o fato de o Martini dizer para o
Apha
fazer a escolha que ele pediu, ou ele (Martini) faria pelo
Apha.
"Quem decide isso não é a supervisão? Isso quer dizer que teria que ter uma
votação? E a supervisão foi feita para tirar o poder das mãos de uma só pessoa,
como era nas antigas? Ou será que estou certo quanto à
supervisão-gasparzinho?",
deixa.
Naquele mesmo dia, horas depois,
Hugo Meyer, um dos services admin da rede, manda um e-mail à lista,
respondendo às perguntas de Diamond_Dog. Ele diz que todas as decisões de
novos servidores e IRCops, ou qualquer outra na rede, tem passado pela
Supervisão antes. "Isso não é decisão dele, é uma decisão de toda equipe, tanto
que a idéia nem foi dele", termina.
Logo depois, inicia-se uma nova
discussão, prontamente partida de
Raphael
Gallo, que escreve um e-mail
de 4 parágrafos para a lista, horas depois.
Neste e-mail,
Apha
diz que a supervisão da rede devia dar satisfações aos membros da rede e aos
usuários, quando necessário, que são a razão da existência da rede. No
parágrafo, ele descreve que a base de tudo é a informação, dando ênfase também a
servidores bons, services
estáveis, usuários e atrativos. Ele ainda reconhece que não adianta ter ótimos services
e IRCds,
pois a cada dia a rede está ficando um recursos mais escasso.
Crendo ainda numa renovação, tomando
por base suas ideologias e embasamentos de usuários,
Raphael
fala que está na hora de sacudir a poeira e pensar em comunicar a rede. "Não
adianta fazer igual a Igreja Católica, que optou por deixar todos no escuro a
fim de estar no poder sempre, porque um dia a casa caiu pra ela, e pode cair
aqui também", diz.
Ele diz ainda que, caso dêem forbid³
em seu nick,
pede que lembrem-se que ele ajudou muito na história da rede. "Estou oferecendo
meu trabalho, tempo, apoio e opinião, pelo ideal que acreditei, acredito e
acreditarei (assim espero). [...] A hora é agora!", termina.
30 de novembro de 2004
Raphael Gallo
envia um e-mail à várias listas da VirtuaLife,
incluindo à dos SERVICES ADMIN.
O e-mail trata de um só assunto: seu desligamento da rede.
No e-mail,
Apha
conta um pouco de sua história na rede, como ocupou o cargo que ocupara na rede,
seus projetos, etc.
Segundo ele, ele estava pensando
tomar essa decisão há algum tempo já, desligando-se das listas da rede e canais.
Naquele dia, Apha
considerou uma perda muito grande, pois ele dedicou-se mais de 7 anos à rede.
"Não levo só perdas. Levo também conhecimento, amigos, lições e exemplos a serem
seguidos e não serem seguidos. Posso dizer que ganhei também!", disse.
Raphael
tornou-se IRCop
Local em 1996. Em 1997, na época de votação para globais, tornou-se IRCop
Global. Um ano depois, ele passa a ser Services Operator
e, por fim, Services Admin,
cargo no qual, participou ativamente por 5 anos. Segundo a mensagem, ele foi o SAdmin
que mais respondeu formulários, num sistema que mesmo inventou.
"Nesta "carreira" ainda investi na coders
onde tive a oportunidade de experimentar o sabor da vitória algumas vezes, como
também o da derrota.", introduz também sua participação na área de programação
da rede. No que diz respeito essa área, ele participou da codificação dos services,
em várias versões e features,
migração dos services
para o mySQL,
migração de quatro versões de
IRCd. O que mais trouxe orgulho
para
Apha,
foi o sistema de criptografia com chave mutável, à qual não foi violada ainda.
Essa idéia, ele diz, foi copiada por outras redes, solicitado o direito de uso
por terceiros e ainda está concorrendo a um prêmio acadêmico.
Ele reconhece seus erros e acertos,
defeitos e qualidades. Diz que já assistiu brigas, crises, divisões da rede, ida
e vinda de amigos. "Sim, trabalhei como muitos aqui fizeram e já salvei a rede
de colapsos - fato que orgulho de ter feito e até o próprio Martini me disse
isso, pena que essa virtude se perdeu no tempo [...] Também já briguei, criei
confusão que destruiu servidores, canais e até mesmo pessoas.Não me arrependo de
nada, faria tudo de novo e saio feliz pelo que vivi, aprendi, briguei, lutei e
criei", diz.
No parágrafo próximo, ele explica o
porquê de estar saindo da rede, porquê que, aliás, vem de mais ou menos oito
meses. Porquê que, também, envolve também anseios pessoais, profissionais e
acadêmicos. "Envolve também uma
palavra que para alguns não existe no dicionário que é o RESPEITO pelo próximo,
saber ouvir e saber dialogar. Para estas pessoas, o negocio se resume a uma
ditadura e eu não concordo com essa idéia (já tentei me enganar, mas não deu
certo). Não posso ficar em um lugar onde o simples fato de se questionar o
porque das coisas e opinar a respeito de uma decisão que não foi comunicada e
motivo para transformar a gente em vilão", desabafa.
Ele diz que com todos que contestaram
a ditadura, quando saíram da rede, foram tidos como vilões. "Quem me conheceu,
sabe como eu sou, o que fiz e que em todos os momentos pensei nessa rede mais do
que em meus desejos pessoais", diz. No e-mail, ele anexou outros e-mails, que
mostrarão a razão de sua saída na rede. Nos e-mails, têm denúncias de IRCops
que são packets.
Ainda foi questionada a falta de
informação por parte da supervisão, que disse na proposta dela que existiria uma
cadeia de informação à equipe, e isso, segundo
Apha,
não ocorreu. "Acho que essa
falta de informação que gerou, há mais ou menos
oito meses, as desavenças com o Martini, mas acho também que o ideal da
supervisão é esse mesmo: deixar todos no escuro e assim poderem mudar as regras
quando quiserem no meio do jogo e falar que o que valia há uma hora atrás não
vale mais. Ou quem sabe, usar de dois pesos e duas medidas para julgar,
classificar, conversar", revela.
Apha
assume que foi sarcástico em alguns e-mails - precisando ser. Sugeriu punições,
mas todos achavam que ele era, simplesmente, uma máquina de fazer códigos. "Como
não posso mais fazer isso e eu antes podia, estou me sentindo totalmente podado
e sem ideologia para estar aqui. Sem ideologia porque? Porque eu não sou escravo
ou uma máquina de fazer códigos. E assim que estão me vendo agora e que vêem a
maioria aqui. Eu gosto de participar, de opinar, criticar, reclamar. Gosto
também quando dão alguma satisfação mesmo que negativamente, mas uma satisfação
plausível", fala.
Concordando com o "Dog",
que disse que a palavra da supervisão é apenas um fantoche,
Apha
faz críticas sobre a personalidade de
Martini,
dizendo que a falta de respeito, educação, compreensão e humildade, foram um dos
motivos pelo o qual saiu da rede. Diz ainda que o modo de o
Martini
administrar a rede, é totalmente ditatorial. "E tem também aqueles que só olham
para o próprio rabo, para dizer que fizerem e aconteceram. Esquecem das
realizações alheias. Essas mesmas pessoas param para denegrir, detonar, destruir
com os outros. E quando não consegue se igualar ou superar eles tem de detonar a
pessoa para que assim se sinta bem consigo mesmo. Isso para mim e ridículo!",
fala.
Depois de mostrar alguns aspectos
negativos no Martini,
ele mostra alguns dos acertos, como por exemplo, o dia em que ele o ajudou na
época do crash
do IRCd.
"Digo isso para lembrá-lo que um dia eu o considerei como amigo, que brigamos,
que nos estranhamos, mas que não levei para o lado pessoal. Não guardo ódio,
rancor, nada disso em relação a você. Saio, hoje e posso dizer que ficou 0x0,
mas que antes de qualquer coisa eu pensei e penso na rede. Esta que eu ajudei a
construir como você fez e muitos outros fizeram.", demonstra.
Depois, ele fala sobre as apostas que
aplicou na rede, dentre elas, o dinheiro que foi dado para aquisição da memória
onde está a máquina dos services.
Ele ainda fala sobre os services
e IRCd,
onde, ambos poderão ser utilizados em qualquer rede, já que o código é aberto,
exceto os services,
que ficará sob poder dele e, quando ele quiser, poderá utilizar noutra rede,
pois estes não são de propriedade da rede. "Ela [a rede] nunca me pagou um
salário e nunca fui um funcionário dela. Lembro também que os códigos também se
aplicam os direitos autorais", esclarece.
No término, no último e-mail enviado
à lista, ele fala sobre o próprio futuro. Diz que vai continuar a vida, na
carreira acadêmica pretendendo dedicar ao mestrado/pós-graduação, em paralelo à
carreira profissional, pois ainda é muito jovem. "Talvez ainda continue no mundo
do IRC com alguns amigos em algo particular que não me demande esforços ou ainda
desenvolvendo para outro ramo
open-source. Pretendo assim
encerrar este capitulo de mais de seta anos da minha vida com um drop
no nick
mais antigo entre os ircops
e um dos mais antigos da rede, se não for o mais antigo.", termina, depois,
colando um /nickserv info
de seu nick.
1 de dezembro de 2004
Martini envia um e-mail,
também gigante, à lista, esclarecendo alguns pontos sobre a saída de Raphael
Gallo.
No e-mail, o administrador mais ativo
da rede, fala um pouco sobre a história dela, falando que, houve um tempo em que
a rede era cheia de revoltados que achavam que um dia ela poderia ser aquilo que
eles pensam ser uma democracia, mas que na verdade, segundo ele, seria uma
anarquia absoluta. "Elas [as pessoas] atrasaram o progresso da rede durante
anos, enquanto a BRASnet,
sob um comando centralizado, se tornou a maior rede do Brasil e uma das maiores
do mundo", afirma.
Voltando um pouco ao passado, mais
precisamente em 1998, ele diz que quando era BrasIRC.net,
a rede foi assumida por um grupo de administradores de servidores que se
auto-intitulou "Br-Routing".
"Era um grupo de pessoas com grandes conhecimentos técnicos, mas pouco ou nenhum
conhecimento como lidar com o público - as típicas pessoas quer saber lidar com
computadores, mas não com gente", relembra, ainda, dizendo que o grupo passou a
desprezar tudo aquilo que tinha a ver com os usuários da rede. O grupo ainda
apagou as listas de discussão da rede, achando também, o site da rede, inútil.
Ainda, em meados daquele ano, o órgão
"routing"
jamais se deu conta de que esse lado da rede que eles desprezavam é justamente o
que sustenta a rede. Foi preciso que duas pessoas acordassem pra isso. Eber
e SPeeDx. Eber,
ressuscitou as listas de discussão; SPeeDx,
reconheceu que a rede precisava dar bola pro usuário pra sobreviver e então, deu
a Martini, todos os recursos ligados aos usuários. "Desde então, eu tenho sido
responsável por esses recursos: atendimento, Services,
HP, listas de discussão e até mesmos as equipes da rede e todos os recursos que
podem ser liberadas para elas.", enumera.
Ele diz que pouco tempo depois, o XShadow,
fundador da rede e então programador dos Services,
largou a rede por desavenças com o comando dela, numa situação mais ou menos
semelhante à situação de hoje, com o Apha.
Nesse dia, mesmo não sendo programador ele assumi os Services
da rede, e tornou-se Services Root.
Isso foi cerca de Agosto de 1998. Desde então ele tem participado de todos os
grandes momentos da rede, nos bastidores dela, aos quais nem os usuários comuns
e nem mesmo os IRCops
têm acesso, e em muitos momentos ele tem ditado as regras que regem a rede.
Em 2002, Abril, por influência dele,
de Martini, a "Routing"
muda de nome e passa a chamar-se
NOC e deixou de ser centralizada
no tamanho dos servidores que os seus membros possuíam, ou seja, deixou de ser
um conselho de latifundiários e passou a ser composto por pessoas qualificadas,
e não por admins
de hubs.
"Para entrar no NOC,
era preciso ser votado entre os membros dele. A exigência de ser admin
de hub
caiu. O que não mudou foi a minha posição. Eu continuei sendo responsável pelos
serviços ao usuário, e é por isso que até hoje aqui na rede, tudo que acontece
de errado "é culpa do Martini". A maioria aqui deve saber disso", explica.
Martini,
naquela época, pediu a retirada de alguns IRCops,
que segundo ele, eram "metidos a
hackers". O pedido, foi ignorado.
"Enquanto isso, misteriosamente, todos os servidores do Rio de Janeiro e Niterói
- menos a Microlink
- começaram a ser atacados. O resultado dessa verdadeira Idade Média da rede foi
o que vocês viram: o levante de uma geração de marginais que, juntos, devastaram
todas as redes de IRC do Brasil", explica.
No final de 2003, o NOC
tornou-se Supervisão. A partir disso, tomando por base as informações da
mensagem, tudo aconteceu muito rápido: ataques e traições. que foram previstas
por Martini, mas todos foram contra. O restante da antiga Supervisão entrou a
rede nas mãos do Martini, dando a ele, uma carta branca para agir no que fosse
preciso para salvar a rede, e foi então que eu aprovei a entrada na rede de duas
pessoas, uma das quais já atacou a rede antes. "Houve um coro de vozes contra a
entrada deles na rede, mas foram justamente essas duas pessoas que salvaram a
rede da destruição: lucipher
e prozac",
justifica.
Explicando novamente, ele diz que
tudo que fez e faz na rede é para garantir a sobrevivência e o bem-estar dela.
"Já perdi noites de sono nela, já perdi muitos finais de semanas, já tive que
voltar pra casa no meio da noite, quando estava em festas, para corrigir
problemas, já perdi clientes, já gastei dinheiro, já tive prejuízo. Tudo em nome
do bom funcionamento da rede", fala. "Este lugar atingiu seu auge praticamente
sob o meu comando. Eu encho a boca para dizer isso, e quem acompanhou a história
da rede sabe que eu estou falando a verdade."
Depois ele cita o caso da rede BRASnet,
que "pendurou" a BRASnet
inteira em cima da Telemar,
achando que ela iria
durar pra sempre, quando, segundo ele, qualquer criança sabe que "para sempre" é
algo que não existe neste mundo. "A estupidez de dois provedores muito mal
administrados por caipiras que tratavam IRC como se fosse o seu serviço mais
importante, ao ponto de sujarem os próprios nomes traindo os outros provedores
aos quais estavam unidos", cita um dos conjuntos de fatores.
"Nós conseguimos ressurgir. Nos
reerguemos com uma quantidade de usuários bem menor do que antes - a própria Brasnet,
que um dia chegou a ter mais de 60 mil usuários, hoje mal chega a 15 mil. Mas
conseguimos nos reerguer. Estamos com um novo ircd,
trabalho do Apha
e UnBlessed,
estamos com um novo conjunto de
Services MUITO mais avançados,
trabalho principalmente do
UnBlessed, estamos montando uma
nova equipe", diz.
Logo no começo do e-mail,
Martini
colou um trecho do e-mail de
Apha,
pra dizer, depois, que aquela não foi a
primeira vez que ele tentou incitar outras pessoas contra ele. "Na verdade, essa
foi a quarta ou quinta vez. E neste final de semana, Apha
mandou um conjunto de e-mails fazendo exatamente isso que acabou de fazer de
novo: incitando os outros membros da Supervisão, e até os próprios Services Admin,
contra mim por estar com a idéia fixa na cabeça de que eu me dei o
trabalho de criar uma nova Supervisão para manter uma fachada e continuar no
comando da rede", falou.
Diz ele que já tinha o comando da
rede, estando totalmente em suas mãos. "Achar que teria o trabalho de armar todo
esse
teatro ridículo de recriar a Supervisão pra então assumir um comando que eu já
tinha, usando essa Supervisão como uma fachada é realmente uma imbecilidade sem
precedentes na história da rede. É chocante ver que alguém possa ser estúpido o
suficiente para chegar a uma conclusão tão obtusa", explica.
"E foi então que eu me cansei dessa
PALHAÇADA e disse ao Apha
que ele escolhesse entre parar definitivamente de me perseguir e sair da rede.
Ele escolheu sair da rede", continua.
Depois ele deixa um aviso a todos que
leram o e-mail:
Para continuarmos aqui, inteiros, o preço a pagar foi MUITO alto.
Esse preço foi tão alto que não podemos mais nos arriscar a ter novos
problemas e rupturas internas. A fim de garantir que a paz continue reinando
na rede e o preço pago pela sobrevivência dela valha à pena, daqui para a
frente todos aqueles que se opuserem ao comando da rede serão exonerados de
seus cargos e removidos DEFINITIVAMENTE do Staff da rede. De agora em
diante, NÃO SERÃO MAIS TOLERADAS revoltas, trocas de acusações, levantes e
quaisquer tentativas de gerar discórdia entre os membros da rede. Ou ficamos
todos juntos, ou não vamos conseguir ir a lugar nenhum.
Vejam bem: isso não é uma lei de silêncio. TODOS vocês tem o direito
de dar OPINIÕES e SUGESTÕES de forma construtiva, sadia, educada, cordial,
inteligente. Já recebemos inúmeras sugestões do Prozac (até dele, imaginem),
do Hugo, do spook, do Mac, de muitos outros IRCops. Várias mudanças da rede
vieram de sugestões da Equipe de Suporte. Mas vejam que existe uma diferença
entre sugestão ou opinião e REBELIÃO. Sugestões SEMPRE serão bem-vindas, mas
rebeliões NÃO.
Trabalho conjunto SIM. Disputas, discórdia, contendas, e lutas
internas como na antiga geração de IRCops da rede, NUNCA MAIS.
Horas depois, Diamon_Dog manda,
também, um e-mail à lista, se despedindo da rede. No início, fala um pouco sobre
sua pessoa, entrando depois, no IRC.
Bruno, como é chamado, entrou no IRC
quando mudou-se para Curitiba e, em 1996, acessou o sistema pela primeira vez.
Não se lembra direito como tornou-se IRCop, Services Operator e Services Admin.
No próximo parágrafo, ele cita algumas das pessoas que contribuíram para sua
presença na rede e as amizades que permanecerão eternamente.
"Saio de cabeça erguida, porque sei
que durante todos os anos que passei aqui, nunca fiz nada, absolutamente nada de
errado, como IRCop. Nenhum roteamento errado, nenhum akill em proxy, nenhuma
briga em GlobOps - mesmo quando isso era moda -, nenhum kill ofensivo", enumera.
Segundo o texto, ele conhece e
conheceu os melhores, em termos técnicos, pessoas que manjam de coisas, além da
compreensão de todos da rede. Fala também que humildade é uma qualidade muito
importante para crescimento da vida. Ataques, práticas carders, etc, tudo isso
não passa de bobagem, para ele.
Mostrando fidelidade, ele passou os
canais a qual era dono, não avisou que estava saindo, não chamou usuário pra
lugar algum. Ele garante, com toda a certeza, repetidamente, que não chamará
ninguém para outra rede, do seu canal, mesmo se montar uma própria.
"Sei que muita gente vai dizer que eu
nãp fiz nada, que sou um F.D.P., que sou traidor, que demorou pra eu sair, etc.
Talvez vocês estejam certos, tudo depende do ponto de visto. Tudo!", termina
No final, ele agradece a Martini pela
oportunidade. Aos demais, ele pede mais humildade e felicidades.
Quase 1 hora depois, todos recebem,
surpresos, um e-mail de André Arruda, que respondia, na rede, pelo nick de
UnBlessed. Ele não participou da discussão, mas segundo fomos informados,
ele concordou com todas as argumentações ditas por Apha, sendo rebatidas,
rapidamente, por Martini.
No início do e-mail, André diz que
depois de muito refletir, tomou a decisão de sair da rede. Diz também que já
havia pensado nisso antes, mas levando em conta o trabalho que teve, com outras
pessoas, que apoiaram-no naquele tempo, resolveu dar mais uma chance de ver se a
coisa ia pra frente. "Mas pelo contrário, cada vez mais perdemos mais estrutura,
mais membros, mais tempo, mais trabalho. Será que realmente as coisas estão
sendo feitas corretamente? Será que realmente a forma de se levar esta rede
adiante está certa? Eu tenho tido cada vez mais dúvidas, mas estou completamente
desmotivado de continuar", diz.
No parágrafo, UnBlessed
questiona, novamente dentre os participantes, a supervisão da rede. Ele
acreditava ser uma boa saída, pois tiraria esse poder tirano que corre pela
rede, dando as pessoas, a chance de elas acharem que as coisas podem ser levadas
de uma forma mais democrática. Ele ainda fala sobre as respostas dadas por
Martini a Apha e a Diamon_Dog. "Levei um soco na cara, ao ler. Ela [a resposta]
o desmoralizou como ser humano, mas também colocou no lixo toda e qualquer
possibilidade da rede ser um lugar menos medieval. Se os membros mais antigos na
rede não podem opinar, quem pode então?", pergunta.
Assim como Raphael Gallo,
UnBlessed também estava prestes a tomar essa decisão, fosse cedo ou tarde.
As respostas dadas aos membros, apenas aceleraram a saída do membro da rede e
representaram de forma bem clara, para todos, a política em que a rede tinha
sido levada, que na prática, é bem diferente do que é dito, segundo disse ele.
Ele ainda tira uma conclusão: as
pessoas que passaram pela rede saíram tendo sua competência duvidada,
provavelmente teriam correspondido e ajudado a rede da forma que precisavam pra
crescer se tivessem sido tratadas com respeito e ouvidas com humildade sobre
seus pontos de vista e opiniões.
"Eu tenho um defeito grave, eu não costumo falar o que considero errado na
conduta das pessoas, eu prefiro que elas mesmas aprendam com seus erros assim
como eu aprendo com os meus", fala.
No último parágrafo, ele deseja boa
sorte para os que permanecerão nela, pois a rede, segundo ele, trás consigo uma
história que merece ser levada adiante, com sucesso, mesmo que, não continue
nela. Ele ainda dá o assunto por encerrado, não tocando mais no assunto, pelos
menos aos que receberam a mensagem. "Não esperem que eu dê satisfações,
ignorarei quaisquer julgamento sobre minha decisão, pois ela é só minha", diz.
Para terminar, ele coloca seus
agradecimento. Um deles, é pro
Martini,
no qual, agradece por ter depositado toda a confiança nele e acreditado em seu
trabalho. Comenta-se que uma das confianças depositadas em
André Arruda,
foi o fato de o Martini
passar o banco de dados da rede, de nicks
e canais, para que fossem realizados testes nos services
e por ele mostrar-se tão confiante.
No começo da tarde, possivelmente,
André Arruda manda um e-mail à lista, respondendo a um mensagem de Martini.
Vejam o conteúdo do e-mail, com exclusividade:
> Então faça o favor de ativar seu MSN. Não deixei de falar com o
> SPeeDx, não deixei de falar com o Dog, e não pretendo de maneira nenhuma
> deixar de falar com você.
Como avisei no e-mail anterior, estou em um cliente no momento e não irei
abrir
o MSN para conversar enquanto passam aqui para ver o que estou fazendo. Estou
indo almoçar agora e em seguida entrarei no msn normalmente.
> Você era o único com acesso aos dbs dos Services... e você mereceu
> essa confiança (aliás, já estou começando a imaginar pessoas te mandando
> e-mails agora e pedindo para que você passe os dbs para elas, hehe...).
Quem pedir vai pedir a toa. Os dbs representam a
confiança que depositaram em
mim e isso não tem preço.
3 de dezembro de 2004
Os canais começam a sofrer com a saída dos membros. Um dos principais canais,
foi o #Bauru. Neste dia, a página oficial do canal, divulgada todo o momento
quando pertencia ao #Bauru da VirtuaLife, foi mudada completamente, anunciando
uma mudança do canal para a rede IRCBrasil.org, deixando os usuários confusos,
sem saber pra onde irem.
Segundo dados do registro.br,
o domínio portalbauru.com.br, tem como técnico Bruno Ribeiro, o Diamond_Dog,
que como dito acima, também saiu da rede.
Neste mesmo dia, é publicado um
artigo
no IRCMania, intitulado "Brigas trazem à tona a realidade na VirtuaLife".
Acredita-se que foi algum dos membros que saiu da rede, que fez o artigo e
enviou, anonimamente, ao portal.
O artigo expressa, de maneira objetiva e parcial, o lado dos que saíram da
rede, colando trechos dos e-mails publicados na lista da rede, colocados e
interpretados completamente aqui.
No final do artigo, é disponível para download os e-mails enviados à lista e
uma posição sobre a rede. O arquivo, pode ser encontrado mais abaixo deste
artigo.
10 de dezembro de 2004
Muitos
usuários da rede, principalmente do canal #Bauru, como nossa equipe consultou,
receberam um e-mail, notificando sobre a mudança do canal #Bauru, da VirtuaLife,
para a IRCBrasil. Veja um trecho do e-mail:
"Infelizmente a incompetência da administração da rede onde estávamos
comprometia todo este trabalho. A constatação de que a rede depende de
conexões comuns (como a que você tem em casa) para manter os services (ChanServ,
NickServ) rodando foi a gota d'água para decidirmos mudar de casa. Sabemos que
estas mudanças são complicadas, mas estamos envolvidos nisto até o pescoço, e
garantimos a todos vocês, estamos indo muito bem. Se todos nós fizermos a
nossa parte, e comunicarmos aos nossos amigos, certamente teremos uma
transição mais rápida e tranqüila."
Primeiro entramos em contato, por e-mail, com Raphael Gallo, vejam a
resposta:
Oi,
Esses dias ocorreram muitas coisas. Alguns me chamaram de traidor,
outros deram parabéns, outros ainda reconheceram e falaram o quão bom foram os
trabalhos realizados na VL, alguns viraram inimigos unilateralmente e até teve
gente que ficou indiferente. Enfim teve de tudo um pouco. Até mesmo de acusar
de roubar o código (VEJA BEM CODIGO DE PROGRAMAÇÃO) que eu mesmo fiz junto com
o unblessed para os ircds/services (NOTEM que eles são open-source). Como eu
roubo algo que e meu? Ou pior algo que e livre?
Bom quanto a roubo do banco isso ai eu posso te dizer com toda
certeza que eu NUNCA tive acesso aos dbs de nenhuma das redes nem quando era
BrasIRC.net (antes .com.br) e agora VirtuaLife. Só para esclarecer a
programação do código dos services era feita de forma independente dos dbs.
Tínhamos um db com dados fictícios (e todos eram alertados com logon notice
para o fato de não usarem dados reais como senhas e cia) que eram utilizados
na testnet e apenas isso. A prova de fogo final era feita pelo Martini quando
ele compilava os services e rodava com os DB´s reais da rede. Assim acho
que você deveria fazer essa pergunta a ele e não para mim, uma vez que este
sempre foi o curador dos services. E como administrador (lê-se root da máquina
e services) ele deve estar mais apto a passar-lhe essas informações.
Mais um detalhe e que eu não estou nem um pouco interessado em fazer
spam ou coisa assim. Estou na rede IRCBrasil preocupado apenas com as novas
features que estarei colocando futuramente junto com o unblessed em uma versão
muito mais otimizada do que o VChat atual. Também não estou nem um pouco
interessado em poder como alguns citaram. Minha preocupação são os meus amigos
e os códigos o resto e detalhe (isso, pois o irc só se resume a isso tem muito
tempo).
Agradeço por ter enviado esse e-mail, possibilitando esclarecer
esses detalhes, e gostaria que o e-mail fosse publicado na integra, incluindo
a assinatura PGP.
Atenciosamente,
Raphael Gallo (Apha)
apha@uai.com.br
020a4a3f2ce4a95dc21ed0a9cf3d4555
-----BEGIN PGP SIGNATURE-----
Version: PGP 8.0.3
iQA/AwUBQbsbFoYeYPUqhowVEQJz9gCgh8snpHBs/7Dx731v5gCRK5XM2IgAn2uW
cHyZkxd30a9hvmjmPCHH+3mx
=CEMC
-----END PGP SIGNATURE-----
Em conversa com André Arruda, ele disse a nossa equipe que forneceu os
e-mails aos donos dos canais, e eles fizeram o que bem entenderam.
Perguntado se ele 'cedeu todos os e-mails do DB ou apenas os e-mail de
pessoas que tinham referências com o canal, como, por exemplo, cadastro em
eggdrops, na home-page, fóruns, mailing lists', ele responde:
[19:42:58] apenas com referencia ao canal
[19:43:11] sao canais com historia
[19:43:16] com pessoas que fizeram muito por eles
[19:43:18] e vieram pra ca
[19:43:25] e estao na mao de retardados na VL agora
[19:43:35] q provavelmente estao como globais agora
Questionado se ele tinha o banco de dados da rede, ele respondeu que sim. Se
usou ou deu a alguém, disse que não.
21 de dezembro de 2004
Durante esse tempo, o clima não foi muito tranqüilo para ambas as redes.
Segundo presenciamos, algumas vezes, clones conectavam-se à rede VirtuaLife e
entravam em boa parte dos canais da rede, para fazer propaganda e anunciar uma
mudança que, segundo os donos dos canais, não existiam.
Na IRCBrasil.org, a situação repetia-se com a mesma proporção no canal
#Bauru, onde, era desmentida a mudança, em canal aberto, com os clones.
Neste dia, 21, uma coisa que alguém jamais pensou que ia acontecer,
aconteceu: é publicado o banco de dados da rede. A primeira publicação ocorreu à
noite e uma hora depois, a página foi tirada ar.
Assim que a administração da VirtuaLife tomou conhecimento da publicação,
tirou os services da rede VirtuaLife ar, para que não houvessem roubos de nicks
e canais tão rapidamente. Segundo fomos informados, os services ficaram numa
rede teste, onde estavam sendo rodados alguns esquemas de programação para
trocar todas as senhas automaticamente. Senhas de nicks e canais.
Ainda anda rolando uma home-page contendo senhas de canais e nicks, mas,
todas inválidas.
22 de dezembro de 2004
Cerca de 10 horas da manhã, os services entram no ar. Todos, todos
estranham. Ao identificar o nick, uma mensagem do NickServ diz que a senha está
incorreta. Começa então uma nova batalha no canal de suporte da rede, o #Ajuda.
Ao entrar no #Ajuda, uma mensagem no tópico, dando mais instruções aos
usuários:
[12:03:39] * Now talking in #Ajuda
[12:03:39] * Topic is 'Atenção: TODOS os usuários que usavam a mesma senha há
mais de 6 meses tiveram as senhas mudadas. Conforme dito no NickServ, agora as
senhas devem ser mudadas OBRIGATORIAMENTE de 3 em 3 meses. Digite /nickserv
SENDPASS seunick para recuperar sua senha.'
[12:03:39] * Set by GregTheBunny on Mon Aug 30 21:39:06
Todos os usuários da rede estavam sendo informados sobre a troca de senha,
via global, logon news e quando identificavam o nick. Através da troca de senha
ou atualização do e-mail, os usuários poderiam utilizar o seu nick. Da segunda
maneira, era digitando o comando /nickserv sendpass nick, onde era
enviado um código para o e-mail setado (digite /nickserv set email
e@mail).
Estima-se que, cerca de 85% dos usuários da rede tenham entrado no #Ajuda
para pedir suporte sobre o ocorrido. Essa foi uma das maiores mobilizações que a
equipe de suporte da rede já sofreu. Só não foi a maior por as mudanças não
terem ocorrido no final de semana.
28 de dezembro de 2004
openglx publica, no
IRCmania,
um depoimento de UnBlessed, que resolveu explicar, com maiores detalhes,
sua saída da rede.
Uma parte que todos ficaram surpresos, foi o fato de o UnBlessed, ter
assumido publicamente, ter passado o banco de dados para algumas pessoas, já que
ele disse, 28 dias antes, não passar o banco de dados para ninguém, pois ela
representava a confiança depositada nele e não tinha preço. "E mesmo assim,
resolveram atacar a rede em que fiquei, constantemente, servidor por servidor? e
ircops (não citarei nomes) da VirtuaLife ainda foram ameaçar conhecidos meus com
servidores lá. Pedi algumas vezes para pararem, avisaram a staff da VL, avisaram
os próprios, e mesmo assim continuou. Foi então que coloquei os dbs da
VirtuaLife na mão de alguns, e avisei? se continuarem atacando podem colocar no
ar. Se é para me prejudicarem, também serão prejudicados", declarou.
Para você, usuário principiante, eis o que aconteceu, resumidamente...
Três membros da rede saíram dela e um deles, tinha o banco de dados da rede,
contendo senhas de nicks e canais. Para a segurança dos usuários, então, todas
as senhas da VirtuaLife, de nicks e canais, foram trocadas, pela administração,
para evitar roubos e transtornos.
Caso não tenha recuperado o seu nick ainda,
acesse esta página
e saiba como proceder.
Cópia original dos e-mails
A fim de evitar comentários, do tipo, dizendo que a interpretação e
"tradução" dos e-mails foram parciais, resolvemos publicá-los aqui,
originalmente como foram escritos, sem nenhum tipo de edição.
A publicação foi autorizada por Carlos Martini, que é proprietário da lista
de e-mails da rede, não sendo, então, necessária a autorização de André Arruda,
Bruno e Raphael Gallo, pois disponobilizaram, publicamente, a cópia dos e-mails.
Clique aqui e faça a cópia original dos e-mails, incluindo um texto escrito
anonimamente, intitulado "As verdades da VirtuaLife"
Produção: Denis Meneses
Equipe DGoL @ Digital Group On Line